sexta-feira, 13 de julho de 2007

Um dia decidi ir para Madrid...

Este é o post que eu devia ter começado a escrever há um ano atrás... a ausência tão prolongada destas letras deve-se à intensidade do que foi MA DE RI DE.

À falta de posts detalhados e frequentes vou aqui tentar passar uma ideia do que foi Suri na capital de España. (tarefa muito difícil para uma postada só...)

O que me levou até lá?

Viver fora sempre foi uma ideia que me cativou. Depois de uns meses em que senti estar a acomodar-me a um tipo de vida que não condizia exactamente com o que queria para mim (naquela altura pelo menos) e aproveitando o "desafio" lançado pelo João, achei que tinha chegado o momento de me fazer à estrada, de me entregar à nuvem que há muito andava por aqui a pairar.

Objectivo: Tirar um Master em Direcção de Comunicação, Relações Públicas e Protocolo e absorver ao máximo cada bocadinho de lo que es ser madrileño/a.

Fui cheia de vontade de ser independente e de abdicar da ajuda dos pais para os gastos do mês (isto porque foram eles a patrocinar o master). Sem medo da aventura ou de experimentar coisas que, à partida, não faria em Portugal.

Arranjei 3 empregos como camarera numa tarde!! Não queria acreditar! Foi só escolher. Os primeiros 10 dias trabalhei no "Raton Colorado" - um restaurante muito pop mas sem grande movimento ... que acabou por fechar!!! : )

Foi algures pelo 7º dia de trabalho no Raton que comecei a trabalhar no Moe (http://www.moelamoe.com/), um bar de copas, com musica ao vivo ao início da noite, que passa jazz, funky,blues y caña também. Nunca mais deixei o Moe... tornou-se a minha segunda casa. E eu que nunca me tinha imaginado trabalhar num bar à noite!! O melhor foram as pessoas com que trabalhei, o ambiente era muito relax e boa onda ... best working place! Diverti-me imenso e aprendi muito sobre a vida, as pessoas e as relações entre elas. Nunca vou esquecer as conversas fora de horas que pareciam não ter fim e, no entanto, estavam sempre no começo...

Passado duas semanas da minha chegada recebo um telefonema da Disney a perguntar se estaria interessada num estágio no departamento de marketing. (Chegaram ao meu CV pela faculdade). Passado 3 entrevistas estava lá dentro! Não queria acreditar: trabalhar no marketing da The Walt Disney Company, rodeada de Mickey's, Pequenas Sereias, PeterPan's, Winnie the Pooh's, e toda essa bonecada que faz parte do nosso imaginário infantil. Confesso que ao início me fazia confusão a coexistência de bonecos animados com trabalho... mas rápidamente o Walt fez questão de me mostrar que ali se trabalha muito e a sério!

Adorei a experiência na Disney, aprendi tantoooooooo. Mas, como não queria chatear mais os patrocinadores e o salário de becaria (estagiária) não dá para pagar as rendas exorbitantes impostas pelos senhorios madrileños, tive de continuar no Moe. Era Mickey durante a semana e Moe aos fins de semana. Não tinha tempo para nada... Ora estava a trabalhar no mundo das crianças, ora "brincava" no mundo dos adultos e pelo meio ainda tinha as aulas (talvez o equilibrio estivesse aqui). O facto de querer/ter de conciliar estas três actividades deixou-me pouco tempo para dar os mil passeios e visitas a museus que tanto imaginei... mas valeu a pena porque levo muito na bagagem.

Em Março saí da Disney: fiquei a saber que afinal o salário de efectivo também não chega para não depender dos patrocinadores quando se está numa cidade diferente da deles e cara como é Madrid. Não quis assumir o compromisso por um sueldo (ordenado) tão modesto e, para além do mais, estava rebentada. Os 6 meses de carrocel entre os vários oficios estavam a fazer com que chegasse ao meu limite. Nunca perdendo de vista o objectivo inicial (consultar o 4º parágrafo) decidi então (e porque houve patrocinio) dedicar-me ao master e a Madrid.

Seguí com o Moe: conseguia conciliar com as aulas, ganhava bons trocos, divertia-me muito e aprendi umas coisas da vida... Tive também mais tempo para mim, para descansar, pôr as ideias em ordem, conhecer sitíos novos, dar alguns passeios e ver uns quantos locais de culto (que vão do Prado ao Bernabeu)

Os meses de Maio e Junho foram meio introspectivos, andei perdida entre a ideia de ficar em Madrid e a de voltar a casa. Ambas tinham os seus prós e contras e isso tornou a escolha muitoooo complicada. Tão complicada que só fiz as malas para o regresso no dia antes da partida, por volta das 19h. Tarefa muito fácil para quem tem pouca roupa, poucos sapatos e poucos livros, não para mim!

A despedida foi dura, os sorrisos escondiam o que chovia cá dentro. Tentei aproveitar a última noite de Moe, o ambiente e os amigos que estavam presentes e que por acaso souberam que me ia embora no dia seguinte... Ter decidido em cima da hora regressar a lisboa impossibilitou ter ao pé de mim, na noite da despedida, algumas pessoas com muito significado. No final a tempestade não se conteve cá dentro...

Regressei a Lisboa meio resignada mas com o pensamento que, se o vento estiver a favor, fácilmente regresso à minha segunda casa.

Guardo as peripécias para outras pequenas postadas... que esta já vai longa!

La punky Pija vuelve pronto!



sexta-feira, 22 de junho de 2007

terça-feira, 29 de maio de 2007

Obrigado a ti

Prometo não deixar o balão voar demais... Obrigado por todas as vezes em que não deixaste que ele me levasse para longe do que é mais importante: o real. ... para sempre.



sexta-feira, 20 de abril de 2007




Porque não é para perceber... é para sentir...
1 defeito, 2 defeitos, 3 defeitos, ... Propus-me escrever sobre os meus defeitos mas agora parece que os meus dedos paralizam perante tão árdua tarefa... Por isso vou começar bem devarinho na espectativa de, daqui a algumas linhas, atingir a velocidade de cruzeiro.
Talvez se começar pelo que acho ser o meu maior defeito, todos os outros brotem em jeito de solidariedade.

- Assumo que os outros têm a mesma visão que eu das coisas e, se não têm, é porque estão errados. (como custa escrever isto) Levo a expressão senso comum muito a peito, quando tenho um entendimento relativamente a um tema, custa-me acreditar que pelo menos 80% da população não o veja da mesma forma que eu. Isto claro, quando se tratam de temas do que eu acho ser o dito senso comum. Tudo me parece tão óbvio, tão evidente que às vezes me esqueço de parar para pensar que, se calhar, a pessoa que está ao meu lado pode ter algo de diferente para dizer e "quem sabe", até com toda a lógica e sensatez. Ao que parece tenho um problema com a definição de senso-comum.

- Sou impulsiva (vulgo não sei esperar). Talvez por ser muito intensa (apaixonada?) por tudo o que faço, vivo e sinto tenho imensa dificuldade em esperar. Custa-me entender que as pessoas de facto tirem dias para pensar porque eu me rejo pelos sentimentos e esses não têm hora marcada para acontecer. Arrumo as minhas gavetas à noite, quando me vou deitar, aproveito o resto do tempo para viver. (Porque a vida acontece enquanto fazemos outros planos - já alguém me disse) As minhas acções são conduzidas pelo que sinto, por isso sou imediatista e quero, na hora, fazer acontecer o maior fogo de artifício ou o maior incêndio. Odeio banhos-maria, stand-by's e se's... Mas ao que parece os 80% não estão comigo... por isso tenho de me resignar...

- Tenho um problema de personalidade. Aparentemente, a forma como me expresso pode intimidar os demais. Sou muito convicta na forma como digo as coisas o que pode arrasar à partida qualquer vontade de contestação. Segundo me fizeram perceber, quando digo: quero comer carne, digo-o de tal forma que, quem eventualmente quer comer peixe acaba por ceder á carne. Na verdade, digo as coisas com a maior convicção porque (erro meu) acho que (tenho a certeza que - pelos vistos não posso ter) quem não está de acordo vai dizer de sua justiça e chegamos a um consenso. Ora, se eu digo "quero carne" e ninguém se opõe é porque, realmente, todos estão com uma vontade enorme de comer carne. Ou não... Ou seja. vou ter de substituir o "quero comer carne!" por: "Está-me a apetecer comer carne e a vocês, o que vos apetece jantar??" Até soa melhor, acho que vou ser capaz !!

- Sou teimosa. Muiiitoooo teimosaaaa... Se quero ou acredito muito numa coisa só com muita perícia me fazem mudar de ideias. Seja uma sugestão num trabalho de grupo ou um destino de férias...

- Sou orgulhosa mas sou capaz de reconhecer os meus erros e pedir desculpa. Ás vezes preciso que me dêm umas luzes para me indicar o melhor caminho, fico baralhada entre o orgulho e a razão que não tenho, pode demorar... mas lá acabo por ceder quando tenho tenho de ceder (sim, porque não cedo sempre).

- Digo tudo o que me vem à cabeça sem muitas vezes ter noção do impacto que têm nas pessoas que me rodeiam. Até posso ter razão no que estou a dizer mas a forma como ás vezes as palavras me saem disparadas da boca soam mais a granadas que outra coisa. Não é por mal acreditem ... é fruto da impulsividade.

- Sou transparente demais. A transparência quando usada em excesso magoa. Não deixo escapar uma. Digo tudo o que não gosto e se fôr preciso ainda consigo arranjar mais 2 ou 3 coisas que me chateiam um bocadinho de nada só para ter a certeza que fui bem clara. Não consigo comer e calar, os sapos não me passam pela goela. O que tenho para dizer digo, sem rodeios e ... muitas vezes... sem maneiras.

- Sou implicativa e rabujenta. Mas só um bocadinho, quando tenho sono, quando a fome aperta ... ou quando estou com falta de mimo. A carência emocional têm efeitos muito negativos em mim: quando menos mimo tenho, mais reclamo; quanto mais reclamo menos mimo me querem dar ... Very bad equation!! ( -x = + y / +y = -x) - já agora, sou péssima a matemática.

- Sou perfeccionista ao extremo É demais mesmo. Fico maluca quando o tempo aperta e não consigo fazer tudo o que queria da maneira que idealizei, isto no campo profissional. O pior é quando transporto a minha mania pelo Per-fei-to para a minha vida sentimental. Não há relações perfeitas, de facto... E, se eu própria tenho muito pouco de perfeito, como posso eu exigir que os outros o sejam??!! Se juntarmos este defeito com o "problema de personalidade" e com o " assumo que os outros têm a mesma visão que eu das coisas e, se não têm, estão errados" temos uma mistura explosiva!! Perco muito em buscar a perfeição ao extremo porque me pode acabar por passar ao lado o encanto de ir limando as arestas e o prazer de me irem moldando a mim...

- It's my way or the highway ... já alguém dizia... não podia deixar de escrever. (ver problema de personalidade.) Os outros têm tanto direito à sua opinião e vontades como eu... mas eu às vezes esqueço-me. Posso acrescentar uma pitada de egoísta.

- Tenho uma enorme GIGANTE dificuldade em abdicar da minha liberdade. Eu sei que todos temos deveres mas custa-me imenso fazer coisas por obrigação, só porque tem que ser ou porque senão parece mal...

- Chego sempre atrasada. Tenho, de facto, um problema de horas. Chego sempre, pelo menos, 15 minutos atrasada. Peço desculpa a todos os que já sofreram com isso. Mesmo que adiante o relógio, não resulta! Uffff ... sou mesmo capaz de dar o 2º lugar a este maldito.

- Desculpo mas não esqueço. Porque, tal como eu, os outros também têm defeitos, saídas infelizes, ou momentos menos bons não me fazia mal nenhum fazer delete às coisas que me magoaram. Desculpo e no pasa nada... mas sempre chega uma altura em que, por um motivo ou por outro... me lembro dos defeitos dos outros e é mais uma facadinha no coração...

(velocidade de cruzeiro sem dúvida...)
Sei que é mais fácil identificar os defeitos que corrigi-los... mas vou considerar este o segundo passo, porque o primeiro foi ter consciência deles.

At the end: MEA CULPA!

*Já agora... aceitam-se sujestões de tópicos a acrescentar ou de comentários relativos a qualquer um dos mesmos.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A saudade ...










Dos dias que passei ao teu lado...

A saudade ...


Dos dias em que vi esta placa...

A saudade ...


















Dos dias em que vi a Arrifana lá de cima, depois do almoço...

A saudade ...



















Dos dias em que o vento do guincho me entrou pelo corpo adentro...

A saudade ...



Dos dias em que vi a ilha do pessegueiro assim...

quarta-feira, 15 de novembro de 2006


Porque faz todo o sentido:

You learn to open up to new worlds and different points of view. You begin reassessing and redefining who you are and what you really stand for.

You learn to be thankful and to take comfort in many of the simple things we take for granted.

With courage in your heart and with God by your side you take a stand, you take a deep breath and you begin to design the life you want to live as best as you can.

http://honkanak.blogspot.com/2006/11/awakening.html


A whole new world


Houve um dia, quando eu já estava quase a ser crescida, que voltei a ser menina outra vez... e soube tão bem...

Unbelievable sights, undescribable feeling, Soaring, Tumbling, freewheeling
through an endless diamond sky... A WHOLE NEW WORLD Don´t dare close your eyes. A hundred thousand things to see.Hold your breath, it gets better! I'm a shooting star, I´ve come so far, I cant't go back to where i used to be... A WHOLE NEW WORLD Every turn a surprise.With new horizons to pursue. Every moment red-letter.I'll chase them anywhere. There's no time to spare.Let me share a whole new world with you!

terça-feira, 24 de outubro de 2006

"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou contruir um Castelo"

A determinada altura da nossa vida, todos questionamos o porquê de tudo, todos duvidamos o caminho que devemos / queremos seguir, todos temos receio do futuro que se apresenta incerto...
Coincide normalmente com aquela fase em que passamos a ter de ser nós próprios a decidir a nossa vida, a fazer as nossas escolhas, a ter de optar entre o preto e o branco sem ter a certeza do que o preto ou o branco nos podem trazer.

E para além disso, tudo à nossa volta parece não bater certo. Os nossos pais parecem não nos compreender: dá ideia que vivem num mundo que não é o nosso, que nunca iriam entender os nossos problemas e mesmo que entendessem não iam poder ajudar.

O nossos amigos não estão tão presentes como gostariamos. Vão fazendo a vida deles, tem o seu trabalho, as suas namoradas/os, não tem tempo para ouvir os nossos dilemas e, mesmo que tivessem, não iam poder ajudar.

A nossa namorada/do preocupa-se mais com insignificancias do que em realmente nos perceber. Não percebe que me chateio com ela/ele não porque não gosto dela/dele mas sim porque nada parece bater certo no geral. Porque não me sinto bem comigo mesmo/mesma, porque existem tantas coisas que eu imaginaria que seriam diferentes, porque é tudo tão mais complexo, porque não estou bem aqui, nem ali, nem em lado nenhum.

Há uns anos atrás pensariamos que por esta altura já teriamos um emprego que nos completasse, que fosse estável e onde ganhássemos o suficiente para fazer a nossa vidinha (viagens, jantares, saídas, presentes, caprichos, ...). Viveriamos rodeados de amigos sempre bem dispostos, com todo o tempo do mundo para nós. Viveriamos em harmonia com os nossos pais porque afinal já eramos crescidos. Já teriamos encontrado a mulher/homem dos nossos sonhos. E tudo em nosso redor, tirando uma outra chaticezita, iria torcer a nosso favor.

Mas o que é certo é que, mesmo que tivessemos tudo isto e mais alguma coisa chega uma altura em que nos sentimos insatisfeitos, em que tudo parece estar errado, em que pura e simplesmente queremos mais!

Chegada esta fase (sim porque ela bate a porta de todos nós), é que realmente nos definimos como acomodados ou como lutadores. e isso faz toda a diferença... Passo a explicar: ou nos entregamos à auto-vitimização, ou encaramos os problemas e damos a volta por cima.

Opção 1: a auto-vitimização. À partida parece ser a reacção mais evidente, uma vez que, na realidade, o mundo parece estar contra nós. Chamamos a atenção das pessoas, parece que nos sentimos um pouco mais acompanhados, libertamos todas as nossas frustrações através das lágrimas e temos todo o espaço para espernear e berrar tudo o que bem nos apetecer.
No entanto, apesar de todas as facilidades que esta forma de estar parece trazer, ela apenas nos ajuda a afogar ainda mais nas contradições que existem entre a nossa cabeça e o nosso coração. Quanto mais nos agarramos à dor e à frustração, menor a nossa capacidade de pensar, de ver o lado positivo das coisas e de ouvir o conselho dos que nos rodeiam. A confusão de sentimentos cega-nos e não nos permite escutar mais que a quantidade de vozes interiores que temos na cabeça. Parece haver um filtro entre o mundo exterior e tudo o que levamos cá dentro. Porque nós é que sabemos, porque nós é que sentimos, porque os outros não percebem nada e porque os outros nunca poderiam ajudar.
NÃO! Não é de todo este o caminho a seguir, por muito sedutor que possa parecer e por muito que todos nós, numa altura ou outra, tenhamos caído em tentação.

Opção 2: encarar o problema (ou a quantidade anormal de problemas que de repente surgiram todos ao mesmo tempo na nossa vida que parecia ir tão bem). É duro porque temos de ter a capacidade de conviver connosco próprios. Temos lidar com as contradições da cabeça e do coração.
É necessário ter coragem para perceber que os amigos são os mesmos e gostam de nós da mesma forma mas nós é que estamos mais sensíveis e levamos as coisas mais a peito.
Temos de conseguir compreender os nossos pais que nos amam incondicionalmente como sempre mas, como crescemos e eles continuam a ver-nos como as crianças que mesmo ontem tiveram o primeiro dia de escola, a preocupar-se se comemos como deviamos, se dormimos bem, se descansamos, se..., se..., e se... ah e não te esqueças de levar um casacooo... e ainda por cima têm a capacidade de nos ler nos olhos quando estamos bem e quando estamos mal e decidem perguntar-nos se está tudo bem exactamente no momento em que queremos é estar refugiados em nós próprios, o que significa que temos de nos esforçar por pôr o melhor sorriso na cara, para não os preocupar e porque os nossos problemas não são bem problemas mas moem e até os resolvermos, nós os resolvermos porque no fundo não passa de um conflito interior entre o deixar de ser adolescente e o passar a ser adulto e por isso só nós poderemos apanhar o fio à meada.
E a namorada/namorado, é preciso faze-lo /la perceber que os dilemas que temos não são directamente relacionados com ela (embora claro que em parte passem por aí, porque questionamos tudo), dar-lhe carinhos e miminhos mesmo que a única coisa que nos apeteça fazer seja deixar que façam tudo por nós. É ter o discernimento de perceber que também o nosso companheiro pode estar a passar pelo mesmo e que, se realemente vemos nela/nele a pessoa que queremos ao nosso lado, temos de arranjar forças para não a/o ver escapar por entre os dedos...

É preciso coragem e muita força para perceber que estamos perto de nos entregar à auto-vitimização mas que somos capazes de lutar por nós, de perceber que tudo não passa de uma fase (semelhante à de outras pessoas que já passaram pelo mesmo e que nós nem nos apercebemos). Acima de tudo ter a noção que tudo isso faz parte de uma aprendizagem que só nos fortalece, nos faz melhores pessoas, nos enriquece, e nos faz crescer. Porque a vida tem destas coisas...

Curiosamente, enquanto estava embrenhada nestas linhas recebi um poema de Pessoa que em muito serve de conclusão a tudo o que aqui tentei dizer.

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

P.S. - Embora a leitura já tenha sido muita, aconselho a leitura do post "The Twenty Something..."

sábado, 7 de outubro de 2006

OBRIGADO

OBRIGADO!Obrigado pelo que vos uniu.Obrigado por ter nascido.Obrigado por cuidarem de mim. Obrigado por todas as fraldas que me mudaram.Obrigado por todas as noites sem dormir.Obrigado por todas as birras que tiveram de aturar.Obrigado pela paciência.Obrigado por me levarem à escola.Obrigado por me obrigarem a ir à escola mesmo quando não queria.Obrigado por me apertarem bem os lençois para eu não ter frio de noite.Obrigado por todos os miminhos.Obrigado por me terem feito ter objectivos na vida.Obrigado por todas as vezes que me fizeram sorrir.Obrigado pelos pequenos almoços na cama.Obrigado por acreditarem em mim.Obrigado por terem ralhado comigo.Obrigado por tudo o que me ensinaram.Obrigado por todos os passeios.Obrigado por todos os presentes.Obrigado por estarem ao meu lado em momentos menos bons.Obrigado por todas as lágrimas que me limparam e por todas as que não deixaram cair.Obrigado pela companhia quando estive doente.Obrigado por todas as preocupações.Obrigado por me compreenderem.Obrigado pelo carinho.Obrigado por me terem feito lutadora.Obrigado pela estabilidade.Obrigado por ter um casa.Obrigado por ter uma casa onde gosto de estar e me sinto bem.Obrigado por cederem aos meus caprichos.Obrigado por nem sempre cederem aos meus caprichos.Obrigado por me fazerem ver quando estou errada.Obrigado pelo orgulho que têm em mim.Obrigado pelo jardim que sempre tive para brincar.Obrigado pelo amor.Obrigado por todas as bicicletas,barbies e nenucos.Obrigado por gostar do Natal.Obrigado pelo bacalhau com natas.Obrigado pelo lanche que preparavam para eu levar para a escola, ou para o trabalho.Obrigado pelo conforto.Obrigado por terem puxado por mim.Obrigado por me terem incentivado a practicar desporto.Obrigado por me ensinarem a ser independente.Obrigado por me corrigirem.Obrigado por estarem sempre presentes.Obrigado por me ensinarem que não custa viver mas sim saber viver.Obrigado por me darem a mão.Obrigado por tudo o que escolheram dar-me em vez de guardar para voces.Obrigado pela educação que me deram.Obrigado por todas as escolhas.Obrigado por me terem feito crescer assim.Obrigado por me darem asas para voar.Obrigado pela pessoa que sou.Obrigado por serem os melhores pais do mundo. OBRIGADO

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

A de Anita: a munita… Das maiores gargalhadas, aos momentos do pior desespero… Da Anita das pintas, à Anita voadora…we’ve done it all!! Martini Power!!! Goto tu!

B de Bucci: Always ready to party, to help, to laugh, and to tell jokes. “Bucci is the best but Bucci don’t know.”

C de Cris: petiz! A verdadeira mestre na arte da bujiganga! A Kaninicha mais linda!

D de Diogo: Oh gatxinho, sê é um poeta romantxico disfarçado dji Playboy. Vou ter muita saudadji dais nossais conversas.

E de Ethel: A minha Kusine do Heart! Aquela amiga-irmã que tenho muito bem guardadinha no meu coração. Adoro-te para sempre!

F de Ferry Potter: Oh Ferritoooo… (eu sei)! I have got you under my skin,PXIIUUU seguido de bife à parva… memorável!!! Obrigada! Mi aguarda

G de Gang: Schwester und Kusine + Trusssssss!!! (E viva o baile da Charneca!!)

H de Hélder: Pxté, já me estás a dar problemas em ter que estar aqui a dizer que gosto de ti. BLERKK! Quero pouca xinfrineira! Beiji… naaa, não é desta!

I de Inês: Sapita: das opiniões mais sinceras, aos momentos de maior parvalheira e atrofianço gratuito, ela é capaz de tudo! Sua Veveda Cubalibresca! Trusssssss!!!

J de Joel: El Torero! O bruto mais carinhoso e divertido que existe.

K de Kusine: Profunda, sensível, sincera, sonhadora, amiga … é a minha Marianne. A não esquecer: O mar está tão verde!!

L de Luís: Inteligente, seguro de si. Quem me fez ser mais perspicaz e ter maior capacidade de argumentação! E BIBÓ PUERTO! Não…não vou mudar!

M de Margarida
: Amiguitas há 16 anos! Partilhámos amores e aventuras! Agora lá vamos nós meter-nos em mais uma!

N de Nunita: O desfiltrado! Primeiro estranha-se, depois entranha-se! O homem com quem adoro ir à guerra! Avarianço garantido!

O de Oliveira: Cristina, nem sempre perto mas para sempre com um lugar gigante no meu coração. Não vou esquecer cada momento que passámos juntas!

P de Pepe: O Presidencial! Entre politiquices e Baranitas lá fui descobrir um amigo verdadeiro! Vota PEPE!

Q de Quim…Barreiros: Por todas as alegrias, por todas as gargalhadas, por todas as palermices, por todas as odisseias piscatórias, por todas as viagens, por todas as danças do crisma e do morto e acima de tudo por me ter feito crescer tanto.

R de Rita
: Sempre bem disposta e cheia de energia, a motivação para qualquer sorriso!

S de Sofia: Discreta, atenta, sincera, verdadeira… por vezes desaparecida mas sempre lá para o que for preciso. Ela não é um ginásio!!!

T de Twix: 10 anos a aturar-me! O homem que percebe que, depois de acordar, precisamos de meia hora até começar a comunicar. Quer destronar o Martini e leva-me ao El Divino!! Duaiknowiú?? Lófiu!

U de Único: Porque há coisas que nunca mudam… Martini®

V de Vital: Quem me fez perceber que não era tarde para ir atrás da minha nuvem. “Nos vemos en ESERP!”

X de Xico Zé: O Tio Cuca da minha vida! Mi compañero! O meu despertador! O Private Dancer! Este homem já viu o pior de mim e por isso: o meu grande e para sempre amigo Fredjy!

Z de Zoo
: Porque lá mora o resto da família Suri e mais alguns amiguitos!

segunda-feira, 10 de julho de 2006

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Dartacão! Dartacão!



Aviso: Desaconselho a leitura deste post a todos os que querem conservar uma ideia pura e inocente acerca dos desenhos animados que viram na infância.

O aviso está feito…

Quando recordo a minha infância, os desenhos animados ocupam um lugar de topo. Fazem-me sonhar… (Aplauso ao em tempos programa da Best Rock. Músicas para sonhar) Trazem-me aquela nostalgia da altura em que me levantava bem cedinho (mais ou menos a mesma hora a que nos deitamos quando vamos para a noitada) ao fim de semana para não perder nada dos desenhos animados. Ali ficava especada em frente da TV até ao meio-dia. Por mim passavam todos os Ruas Sésamo, todos os My Little Poney, todos os Inspector Gadjet, todos os Betty Boop, todos os Bocas, todos os Marretas, todos os Pantera Cor-de-Rosa, todos os The Simpsooons, todos e mais alguns que viessem… Mas havia um especial!

O Dartacão! Este era sem dúvida o meu desenho animado de eleição. Ele e a sua Julieta lalalalala … Correndo grandes perigos, perseguem os bandidos lalalalalalala… Até ao dia em que alguém fez o favor de arruinar a minha infância!

Passo a explicar: Dartacão – Dart’acão – Dart’ a cão – Dart’ à cão – Darte à cão – DAR-TE À CÃO????????? Está tudo LOUCO??? Não pode ser!!! O Dartacão não pode ser Dar-te à Cão!!! Mas afinal é Dar-te à Cão! Dar-te à Cão lalalalalala????? BLERGGG!!! E agora como vou eu recuperar a imagem inocente que tinha dos meus desenhos animados favoritos?? Alguém me consegue explicar??? Por muito que tente, ficou impossível!

Ora prestem atenção:

Eram uma vez os três, os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão tão bons companheiros
Os melhores amigos são os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão são sempre os primeiros
Quando eles vão combater já não há rival algum
O seu lema é um por todos e todos por um
O amor de Julieta é o Dartacão
E ela é a predilecta do seu coração

Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
Correndo grandes perigos
Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
Perseguem os bandidos
Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
E os três moscãoteiros longe vão chegar
Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
És tu e os teus amigos
Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
Em jogos divertidos
Dar-te à Cão! Dar-te à Cão!
Vocês são moscãoteiros a lutar

Mas que raio de paneleiragem é esta?? Raios!! Será que já nem uma infância romântica se pode ter?? Irra!

sábado, 27 de maio de 2006

Um pedacinho de céu...

Não sei se amanhã dou outro trambolhão mas sei que, se continuar a viver a pensar que me posso magoar, nunca vou viver...

Se cair, de novo me vou levantar, sacudir o pó, sarar as feridas e seguir em frente: porque a vida é só uma! Não há tempo a perder com mágoas do passado e muito menos com receios do futuro...

Agora, mais do que nunca, vou lutar pelo que quero e não vou ter medo de me magoar... porque só assim sei viver!

sexta-feira, 31 de março de 2006

Café, Chá, Laranjada?


Estava eu perdida numa nuvem qualquer daquelas que sei que não devo visitar mas que, por vezes, se torna inevitável... quando uma voz amiga me resgata: - Café, Chá, Laranjada?

Era tudo o que precisava ouvir naquele momento! De facto, por vezes é complicado compreender o porquê das coisas, a razão de termos de passar por determinadas situações, o motivo da luta...

Poderia entregar tudo ao destino e mentalizar-me que é mesmo assim... mas não consigo, porque vem cá de dentro e é com o que levo cá dentro que tenho de viver os 365 dias, todos os anos.

Mas uma coisa percebi: perdem-se umas coisas mas, em contrapartida, ganham-se sempre outras, quem sabe mais importantes até...

Embora nem sempre seja fácil, o que é certo é que, se calhar, essa determinada perda nos permite não só crescer, como nos abre portas para um sem número de oportunidades.

Como é bom ir embalada ao som do café, chá, laranjada?...

quinta-feira, 2 de março de 2006

O Grito de Suricata!


Agora, de olhos abertos, fica bem mais difícil transmitir tudo o que me passou pela cabeça na noite em que senti falta do Vitinho...

Está tudo a borbulhar cá dentro, com vontade de explodir desorganizadamente para o meu pc. Com tempo, teria de ir fazendo um puzzle com todos os sentimentos contraditórios que andam feitos foguete cá dentro... assim, vou antes deixando sair, bocadinho a bocadinho, cada peça desse puzzle gigante.

Com o passar dos anos, vamo-nos tornando pessoas diferentes, todos sabemos isso. Mas o que fazer quando nos apercebemos que os ensinamentos que a vida nos trouxe nos impedem de ser quem realmente somos?

É estranho este sentimento cá dentro. Parece que a Suricata de há uns tempos está adormecida dentro de mim. Por vezes ouço-a timidamente gritar que não gosta de estar ali mas eu estou de braços atados, não a consigo ajudar!

Em tempos fui uma Suricata apaixonada que, embora tivesse sempre os pés bem assentes na terra, gostava muito de sonhar. Nunca deixava de acreditar, achava que poderia sempre haver forma de resolver as coisas e, acima de tudo, amava a vida e todos os minusculos encantos que ela me proporcionava.

Agora sou apaixonada pela vida mas não me consigo entregar a ela. Vivo com vontade de resgatar a Suricata presa dentro de mim...mas tenho medo de me magoar.

Por não me querer magoar dou menos de mim a quem me rodeia e por isso, talvez não tenha o direito de pedir nada em troca ou pelo menos, não me posso dar ao luxo de ser exigente.

Deixo-me seguir no meu caminho, a remoer as minhas nuvens, à espera do dia em que vou sentir que vale a pena atirar-me de cabeça outra vez, à espera do dia do regresso da verdadeira suricata.

Será que ela vai voltar ou este é um receio que vou ter para sempre... o de já não conseguir ser igual? Talvez a solução seja ir-me deixando escorregar devagarinho para a aventura mas acho que para isso acontecer precisava de alguém que me apertasse a mão com carinho e me dissesse: vem comigo, aqui estás segura!

Volta Suricata!